5 de ago. de 2017

Espaço

Conquistamos nosso espaço na sociedade à maneira deles. Eles impõem regras, sermões e códigos de barras. Somos produtos para a sociedade. Temos que ser aquilo que as empresas nos produzem. À maneira deles. Ao modo deles. Como embalagens. E não temos espaço para ser quem somos. Para demonstrar para eles que somos diferentes. E que somos iguais à qualquer um deles. Pois somos seres humanos.

Você queria espaço. Eu lhe dei. Você quis pensar,
eu deixei. Nunca te privei de nada. Nem mesmo de sair,
se divertir com os seus amigos. Quando brigamos, você
quer ficar sozinho pra ficar pensando no que acabamos
de conversar. Quer ter a sua privacidade. Eu te entendo.
Também quero a minha. Também batalho todos os
dias para conquistar o meu espaço. Mas quando neste
pequeno espaço você se encontra, não tenho outra
opção a não ser tentar me conciliar. Você desvencilha.
Se afasta. Me nega. Sou vetada, mas não vencida.
E você continua ali, na sua bolha, em quarentena.
E eu lhe deixo com os seus pensamentos.

Não devemos nos curvar diante dessas analogias criadas por pensadores medíocres. Somos fruto da nossa própria imaginação. Somos produtos categorizados como falsos, por não sermos os que a sociedade consome mais. E o que eles querem, é nos tirar das prateleiras. Querem nos categorizar como falsos, e nos fazer andar na linha. Não somos obrigados a ser como a maioria. Conquistamos nosso espaço para sermos quem bem entendermos. E nós somos diferentes. E nosso espaço tem que ser respeitado.

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