3 de set. de 2013

Silêncio

Não há palavras no momento para descrever sobre o ocorrido. Não se tem nada à dizer quando você fica sem reação. Eu queria mesmo era ter algo à dizer. Eu queria mesmo, era ter algo pra debater. Queria ter o que falar. Mas o silêncio tomou conta mais rápido. Era como um vendaval, vindo sorrateiramente pra cima de nós.

Você se aproximou tão rápido, que por um momento
nossos rostos ficaram muito perto um do outro, e o
nervosismo subia por todo o meu corpo. Seus olhos se
fixaram aos meus, e eu o fitei profundamente, tentando
ler o que estava escrito neles. Tentei decifrar não apenas
o seu olhar, mas também o seu ser. E suas mãos foram
automaticamente para trás de minha cabeça, me acariciando,
e me deixando cada vez mais insana. 

Eu apenas queria que fosse diferente. Queria que fossemos só nós dois. Mais ninguém. Somente nossos corpos, nossos olhos, nós. Queria te ter só pra mim naquele momento. Tudo o que tinha sido dito já havia se dissipado. Nada mais restava. Somente o silêncio. Mas era um silêncio recíproco. Era aquilo, e mais nada.

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