13 de set. de 2013

Nostalgia

Aquele sentimento quando você ouve uma música calma. Ou quando você deita na cama, e antes de dormir organiza seus pensamentos. A vontade de estar perto de alguém mas não poder. O desejo de ter algo mas ser impossível. Todas as pequenas coisas que causam um frio na barriga e arrepio na espinha.

O frio não passava de jeito nenhum.
Nem mesmo enrolada naquele cobertor grosso e
cheio de retalhos. Meus lábios estavam congelados, e os
seus pareciam tão quentes e chamativos. Eu gostaria mesmo
de prová-los, de descobrir o gosto, a textura, a temperatura.
As minhas mãos tremiam freneticamente e o meu corpo todo
se enrijecia de acordo com que o tempo mudava.
Eu me sentia cada vez mais longe de você. Eu queria
ser sua para poder te tocar, te beijar e te ter só pra mim.
Mas a única coisa que eu poderia fazer era sorrir.
E não era um sorriso verdadeiro, nem um falso. Mas era 
aquele sorriso de tristeza, mas com uma ponta de felicidade.
Feliz por ter você tão perto de mim, mas não tão perto a ponto
de te tocar como te tocava antes. E você sempre com seus movimentos
rápidos e imprevisíveis, se levantou e veio rapidamente parar
do meu lado. Me deu um beijo na testa, outro no olho, outro no nariz,
e por fim, um nos lábios. Aqueles lábios, que eu tanto desejei,
que eu tanto quis. Eram os meus lábios há tanto tempo atrás.
Eram meus...

Os calafrios aparecem sempre quando você fica ansioso, ou quando fica esperançoso, ou quando tem algo errado e você sente. É sempre nostálgico sentir essas pequenas coisas. É sempre bom ter algo pra se ocupar. Mesmo que não ocupe o pensamento, mas ocupe o corpo, os sentidos. Que ocupe cada pequena parte do seu corpo. Que possua. Que sinta. Toque. Revire. E bagunce.

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