14 de ago. de 2013

Dias

Passam despercebidos. Você nunca sabe quanto tempo se passou até você olhar para o calendário. Ou é o aniversário de alguém que você disse ontem que estava longe demais para acontecer. Ou é a estréia daquele filme que você tanto esperou para sair. São horas que se transformam em minutos. E minutos que se transformam em segundos. É o tempo que escorre entre seus dedos quando você mais precisa dele.

Eu estava ali esperando por uma resposta.
Esperava que ele me enviasse uma resposta
rapidamente. De preferência naquele momento.
Eu só estava adiando o inevitável: a dor.
A dor de saber que eu nunca receberia aquela
carta. Que eu nunca mais o veria de novo.
E os dias foram se passando.
Assim como as horas.
Assim como os minutos,
e os segundos.

Nada além do óbvio estava visível. Todo o tempo que eu queria que fosse eterno, passava voando por mim. Eu queria pelo menos aproveitar um pouco mais cada um deles. Eu queria que eles ficassem intactos na minha memória, de modo que eu pudesse guardá-los por inteiro, e não somente as melhores partes. Porque mesmo que o momento tenha sido pouco, mas perfeito, você sempre separa uma parte dele como a melhor parte. Eu só queria que os dias não apagassem as lembranças da minha memória. Os dias as vezes são um caos.

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