26 de jul. de 2013

Adeus

O papel manchava as letras com minhas lágrimas. Pesava com a quantidade em que tais eram jorradas. As vezes eu nem precisava de todas aquelas lágrimas. As vezes era só parar e falar "foda-se". As vezes era só parar de me preocupar com coisas que me faziam inteiramente mal. E o que mais me preocupa é que não é somente eu, mas as pessoas ao meu redor também. Elas também tem algo pra se preocupar, e também se preocupam comigo. Não deviam. Simplesmente não deviam. 


Uma folha foi jogada ao chão,
encharcada com todas aquelas lágrimas
que nunca deveriam ser derramadas.
Um eterno adeus,
e um novo começo. (ou não?)

Tudo o que eu queria naquele momento era sumir. Sumir e não aparecer nunca mais. Entrar num universo paralelo diferente do qual eu subitamente vivia. Sentir verdadeiramente o vazio dentro de mim. Saber como é viver num lugar onde as pessoas não possam me decifrar, e nem tentar entrar em minha cabeça e mexer com meu psicológico.

E assim, a folha se desmanchou.
Virou nada,
nada,
exatamente como estava o meu coração.

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